Crédito: Jonathan Lins/G1 |
O Instituto Federal de Alagoas tem um histórico de
perseguições, calúnias e criminalização dos que se colocam em oposição aos
interesses e desmandos dos gestores. Atualmente estão fazendo valer este
histórico de perseguição, tanto pela reitoria (com todos os pró-reitores), quanto
com os diretores dos campi.
Na greve de 2014 os servidores de Satuba: Hugo
Brandão, Wilson Ceciliano, Gabriel Magalhães, Elizabete Patriota sofreram
agressões físicas, verbais e psíquicas, bem como foram alvos de calúnias e
difamações, conduzidas pelos gestores do IFAL que se aproveitaram do momento de
confusão e apresentaram os servidores como culpados, antes mesmo da apuração
dos fatos. Porém, tratava-se de uma ação orquestrada, colocando os servidores,
vítimas de violência, como culpados e “baderneiros”.
Resultado disto foi a
abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) de caráter político-intimidatório,
que por pressão da sociedade e dos servidores da nossa instituição, que
reconheceram a verdade e apoiaram os servidores agredidos, ficou suspenso por
mais de um ano. O referido PAD - aberto logo após a greve de 2014 - teve
explícita conotação política de tentar intimidar não apenas os cinco servidores
nele envolvidos, mas o conjunto da categoria que se levantou naquele ano contra
a profunda precarização do IFAL. A suspensão temporária do processo teve por
objetivo manter os cinco servidores intimidados, afastados da luta na
instituição, o que, todavia, não se consumou.
Os servidores perseguidos no PAD
têm participado ativamente da greve 2015 em conjunto com a categoria e/ou
mantido seus posicionamentos de enfrentamento e oposição a atual gestão do
campus e reitoria. Coincidentemente – a pedido da gestão do Campus Satuba, que
está enfrentando a oposição dos servidores citados no PAD (todos são do
referido campus) – o PAD foi reaberto a toque de caixa no decorrer da presente
greve, deixando cristalina a tentativa de intimidar os servidores que estão na
luta, em especial os citados no referido PAD. Essa ação da Reitoria, na pessoa
do reitor Sérgio Teixeira e seus
pró-reitores, bem como da Direção de Satuba, na pessoa do diretor Anselmo Lúcio, demonstra o ataque ao
direito à livre organização e manifestação dos trabalhadores, a democracia e a
todos os servidores do IFAL.
Por estes motivos acima expressos, nós, da CSP-Conlutas Alagoas, manifestamos o nosso
repúdio à conduta do Reitoria e Direção do campus Satuba, ao mesmo tempo em que
exigimos:
- Arquivamento
imediato do Processo Administrativo Disciplinar contra os cinco servidores
criminalizados na greve de 2014;
- Pelo
fim a todas as perseguições contra os servidores do IFAL que estão em greve.