segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Moção de Repúdio à Perseguição e Criminalização dos Servidores pela Reitoria do Instituto Federal de Alagoas

Crédito: Jonathan Lins/G1 

O Instituto Federal de Alagoas tem um histórico de perseguições, calúnias e criminalização dos que se colocam em oposição aos interesses e desmandos dos gestores. Atualmente estão fazendo valer este histórico de perseguição, tanto pela reitoria (com todos os pró-reitores), quanto com os diretores dos campi. 

Na greve de 2014 os servidores de Satuba: Hugo Brandão, Wilson Ceciliano, Gabriel Magalhães, Elizabete Patriota sofreram agressões físicas, verbais e psíquicas, bem como foram alvos de calúnias e difamações, conduzidas pelos gestores do IFAL que se aproveitaram do momento de confusão e apresentaram os servidores como culpados, antes mesmo da apuração dos fatos. Porém, tratava-se de uma ação orquestrada, colocando os servidores, vítimas de violência, como culpados e “baderneiros”. 

Resultado disto foi a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) de caráter político-intimidatório, que por pressão da sociedade e dos servidores da nossa instituição, que reconheceram a verdade e apoiaram os servidores agredidos, ficou suspenso por mais de um ano. O referido PAD - aberto logo após a greve de 2014 - teve explícita conotação política de tentar intimidar não apenas os cinco servidores nele envolvidos, mas o conjunto da categoria que se levantou naquele ano contra a profunda precarização do IFAL. A suspensão temporária do processo teve por objetivo manter os cinco servidores intimidados, afastados da luta na instituição, o que, todavia, não se consumou. 

Os servidores perseguidos no PAD têm participado ativamente da greve 2015 em conjunto com a categoria e/ou mantido seus posicionamentos de enfrentamento e oposição a atual gestão do campus e reitoria. Coincidentemente – a pedido da gestão do Campus Satuba, que está enfrentando a oposição dos servidores citados no PAD (todos são do referido campus) – o PAD foi reaberto a toque de caixa no decorrer da presente greve, deixando cristalina a tentativa de intimidar os servidores que estão na luta, em especial os citados no referido PAD. Essa ação da Reitoria, na pessoa do reitor Sérgio Teixeira e seus pró-reitores, bem como da Direção de Satuba, na pessoa do diretor Anselmo Lúcio, demonstra o ataque ao direito à livre organização e manifestação dos trabalhadores, a democracia e a todos os servidores do IFAL.

Por estes motivos acima expressos, nós, da CSP-Conlutas Alagoas, manifestamos o nosso repúdio à conduta do Reitoria e Direção do campus Satuba, ao mesmo tempo em que exigimos:
- Arquivamento imediato do Processo Administrativo Disciplinar contra os cinco servidores criminalizados na greve de 2014;
 Pelo fim a todas as perseguições contra os servidores do IFAL que estão em greve.