segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ato neste dia 14/05 contra os leilões do petróleo




Em todo o país está sendo organizado diversos atos contra essa política de privatização. Aqui em Alagoas, a CSP-Conlutas estará, junto com o Sindipetro-AL/SE realizando um ato neste dia 14/05, a partir das 7h, no Cais do Porto de Maceió. Convocamos todos(as) os(as) lutadores(as) a se somarem nesta luta contra mais essa privatização do Governo Dilma. Somem-se a campanha "O petróleo tem que ser nosso".


Para saber mais, leia o artigo abaixo.



De novo, Brasil vai ser leiloado




Fonte: http://sindipetroalse.org.br
O povo brasileiro fez um elevado investimento para a Petrobrás ter conhecimento geológico profundo das bacias sedimentares (paleozóicas/mesozóicas e cretáceas/terciárias) do Brasil. Essa preparação foi o que possibilitou a descoberta dos campos gigantes no pré sal e pós sal ultra profundo.
No entanto, em 1997 FHC (PSDB) quebrou o monopólio estatal do petróleo do Brasil e criou a Agência Nacional do Petróleo (ANP) através da Lei nº 9.478. A ANP absorveu a função de regular, contratar e fiscalizar todas as atividades do setor, desde a exploração, ao refino, passando pelo processamento, transporte, até a distribuição e o comércio.
Dessa forma o governo acelerou o processo de privatização da Petrobrás e desenvolveu absurdamente a terceirização dos serviços no setor petróleo. Através da ANP Fernando Henrique entregou 29% do pré sal ultra profundo da bacia de Santos às multinacionais, sob modelo de regime de concessão.
Governo Lula foi ainda mais longe
Além de manter as concessões dadas por FHC às multinacionais, Lula (PT) criou o modelo de regime de partilha. Assim, entregou 71% do petróleo do pré sal ultra profundo para as Big Oil. Ou seja, a Petrobrás é a operadora com participação de apenas 30%.
Lula ainda desenvolveu o Fundo Social do petróleo do Brasil. Apesar do nome, com esse fundo o governo faz aplicações financeiras, preferencialmente estrangeiras. Nas áreas sociais investe apenas parte do rendimento dessas aplicações.
Agora chegou a vez de Dilma
A presidente Dilma (PT) deu continuidade a essa política e agora pretende entregar 166 blocos exploratórios do pós sal (água rasa e profunda), desde a bacia sedimentar da Foz do Amazonas até a bacia do Espírito santos.
Ainda tem mais 123 blocos em terra, muitos deles nas proximidades de campos produtores de petróleo classificados como maduros pela ANP. Toda a porção ainda para explorar, principalmente de gás natural da bacia de Tucano Sul e da bacia do Parnaíba está também posta no balcão de vendas.
Na bacia de Sergipe e Alagoas uma enorme área entre Porto Calvo e Passo do Camaragipe e a norte do campo de Tabuleiro dos Martins que já pertence à Petrosinergy, vai ser leiloada. O que de fato sobra da entrega do petróleo do Brasil é a política compensatória feita através de royalties e participações especiais.
Esse é o método ilusionista preparado pelo governo do PT para alimentar a falsa esperança de melhoria de distribuição de renda na mente do povo brasileiro. A disputa pelos royalties e participações especiais, compensação ofertada pelas multinacionais, é o cala boca (na verdade propinas) para governantes e parlamentares do país que ficam como avestruzes. Enquanto isso a imensa maioria do povo brasileiro vai continuar a ver navios e o meio ambiente degradado por completo.
Com o avançado processo de terceirização na Petrobrás, por exemplo, inúmeras empresas se fixaram em Sergipe, mas nenhuma melhoria de qualidade de vida elas trouxeram para os trabalhadores. Isso pode ser constatado cotidianamente nas cidades do vale do Cotinguiba, onde estão situados os campos de petróleo de Carmópolis, Siririzinho e Riachuelo, que ainda pertencem à Petrobrás. Os trabalhadores têm ficado até três meses sem receber salários. Imagine como ficará quando imperar somente as pequenas empresas nacionais e as multinacionais.
Todos por uma Petrobrás 100% estatal
Desde FHC, passando por Lula e chegando a Dilma, o governo brasileiro permanece subordinado as multinacionais dos países imperialistas, que exigem a entrega do petróleo da União, a privatização da Petrobrás e o estabelecimento da terceirização. Por isso que Dilma hoje contradiz o discurso da campanha eleitoral e continua a privatização.
A luta do povo brasileiro deve ir no sentido contrário. Precisamos nos mover para defender o petróleo brasileiro e uma Petrobrás 100% Estatal, sob o controle dos trabalhadores.

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