Os trabalhadores alagoanos foram às ruas denunciar
o descaso do governo com a Educação, Saúde e Segurança Pública
Mesmo em baixo de
chuva, mais de 4000 trabalhadores e estudantes reuniram-se neste dia do
trabalhador na orla de Maceió em protesto contra o descaso do governo estadual
de Alagoas com as áreas de Educação, Saúde e Segurança Pública. O protesto fez
parte da Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas, e contou com a presença da CSP
Conlutas, de dezenas de entidades e centrais sindicais, movimentos populares e
de diversas entidades estudantis.
Os trabalhadores foram
às ruas para denunciar o descaso do governo do Estado com as áreas de Educação,
Saúde e Segurança Pública. Segundo Paulo Bob, do Sindipetro AL/SE, este
primeiro de maio de unidade contra o governo Téo Vilela foi muito importante, o
povo de Maceió veio às ruas por não aguentar mais os sucessivos ataques e
descasos do governo estadual e federal. “Esse é um
governo dos usineiros, e, por isso, o estado vive neste caos. Não tem dinheiro
para educação, saúde, servidores públicos e etc, porque Téo privilegia a
oligarquia sucroalcooleira da qual faz parte. Mas os problemas de Alagoas não
se resumem a Téo Vilela e PSDB. A CUT e a CTB não podem continuar fingindo que
o governo federal, o governo de Dilma e do PT, não tem nada com isso. Assim
como faz o Téo, Dilma tem injetado dinheiro no agronegócio, oferecido pacotes
de ajuda aos usineiros, enquanto isso, a reforma agrária encontra-se parada e
os preços dos alimentos sobem”, afirmou.
Lylia Rojas, da
oposição do SINDPREV, lembrou a situação calamitosa que vive os trabalhadores
alagoanos, principalmente no setor de segurança. “Hoje Alagoas é cobaia do
plano Brasil Mais Seguro que, na prática, só tem servido para matar a juventude
negra e pobre. Esta não é a solução para a violência no estado. É preciso
cobrar do governo Federal e Estadual uma política de segurança que esteja a
favor da classe trabalhadora”, ressaltou.
Além da
precarização e da falta de investimento nos setores básicos, os governos de Téo
e Dilma tem estado de mãos dadas na política para privatizar cada vez mais o
setores públicos, principalmente na saúde com as Organizações Sociais. Para Davi
Menezes, oposição do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos da UFAL, O PSDB é
mestre em privatizações e o Téo tem aplicado todo o seu repertório em Alagoas,
mas, a Dilma, apesar do discurso, não tem feito diferente. “Agora mesmo, está
entregando os Hospitais Universitários para ser geridos por uma empresa de
caráter privado. O HU que hoje é referência em Alagoas e até então é 100% SUS,
está sendo entregue aos planos privados de saúde. O governo Dilma também
privatiza em outras áreas, como no caso dos aeroportos, dos estádios da Copa,
dos leilões do petróleo”, ressaltou.
Davi
Menezes lembrou ainda que no ano passado os servidores federais fizeram uma
greve história contra a precarização do trabalho e dos serviços e contra o
arrocho salarial imposto. ”As mesmas lutas que travam os servidores estaduais
de Alagoas são as travadas pelos servidores federais. Téo e Dilma também estão
juntos nos ataques aos servidores públicos. Assim como Téo só tem dinheiro para
os usineiros, Dilma também só tem dinheiro para os grandes empresários, para as
empreiteiras, para os banqueiros e para o agronegócio, e se recusa a investir
10% do PIB para educação publica e 6% para saúde”.
É
evidente que não é possível derrotar Téo sem também derrotar a política de
Dilma, ambos governam para os patrões. A CUT e a CTB, bem como partidos como o
PT e o PCdoB, só lutam contra o PSDB em Alagoas, mas se calam perante o governo
Dilma do PT porque estão comprometidos com ele.
Nós da
CSP-Conlutas somos independentes dos patrões e de todos os governos. Não
estamos amarrados ao governo Dilma e por isso denunciamos sua política
econômica que tem sido nefasta para os trabalhadores. Entendemos que para
defender Alagoas é preciso combater o Téo Vilela e denunciar as políticas do
Governo Federal do PT que prejudicam os trabalhadores.
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