Nacionalmente, têm sido criados comitês contra os leilões do
petróleo brasileiro. Em Alagoas, o Comitê “O petróleo tem que ser nosso” será
lançado nesta quinta-feira (19/09), com a perspectiva de organizar mobilizações
no estado para cancelar os leilões. O evento acontecerá às 18h30, no auditório
do Sindipetro AL/SE (Rua do Imperador, 389, Centro). Ocorrerá a exibição do
filme “Ouro Negro”. E, em seguida, será realizado um debate sobre “Geopolítica
do Petróleo”, com a participação do geólogo da Petrobrás e dirigente do
Sindipetro AL/SE, Dalton Francisco dos Santos. Essa é uma iniciativa do
Sindicato dos Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos de Alagoas e
Sergipe (Sindipetro AL/SE), com o apoio da Central Sindical e Popular –
Conlutas/Alagoas (CSP – Conlutas/AL) e da Federação Nacional de Petróleo (FNP).
A organização desses comitês foi impulsionada pelo anúncio
da 12ª rodada de leilões do petróleo, prevista para o dia 21 de outubro. Dessa
vez, governo Dilma (PT) venderá o Megacampo de Libra, na Bacia de Santos. Essa
área de exploração petrolífera é considerada a maior descoberta da camada
pré-sal brasileira, possuindo um valor estimado em R$ 3 trilhões. Porém, de
acordo com o Instituto Latino-americano de Estudos Sócio-Econômicos (Ilaese), a
expectativa é que o campo seja vendido por 0,1% de seu valor (R$ 3 bilhões). Os
compradores são as famílias Rockefeller e Rothschild, donas das quatro maiores
indústrias petroleiras do mundo.
“Se toda a riqueza do
petróleo brasileiro ficasse para o povo brasileiro e não para as multinacionais
nesses leilões, nós poderíamos garantir 10% do PIB para a educação, 6% do PIB
para a saúde, 2% do PIB para os transportes públicos. Ia garantir saúde,
educação e transporte de forma pública, estatal e de qualidade para todo o povo.
Estão deixando grande parte da riqueza ir pro estrangeiro. Não podemos permitir
isso. Temos que garantir que toda a riqueza do petróleo seja usada para o bem e
para o desenvolvimento do Brasil”, explica Nazareno Godeiro, coordenador do
Ilaese.
Outro motivo para ser contra a venda é o aumento do preço
dos combustíveis. De acordo com o Sindipetro AL/SE, o petróleo descoberto na
camada pré-sal poderia baratear o preço do litro da gasolina vendida no Brasil.
Calcula-se que o tanque de um automóvel que tem a capacidade de receber 45
litros seria cheio com menos de um real.
“Todos os movimentos sociais, as entidades estudantis e trabalhadoras
devem se somar ao comitê. Cabe à população barrar esse ataque à soberania
nacional”, convida Paulo Bob, dirigente da CSP – Conlutas/AL. O comitê espera realizar
uma manifestação no dia 3 de outubro. Esse ato será organizado nacionalmente pela
FNP e coincide com o aniversário de 60 anos da Petrobrás.
Serviço: Lançamento do Comitê “O petróleo tem que ser nosso
de Alagoas”, na quinta-feira (16/09), às 18h30, no auditório do Sindipetro
AL/SE (Rua do Imperador, 389, Centro). Será exibido o filme “Ouro Negro” e realizado
um debate sobre “Geopolítica do Petróleo”, com a participação do geólogo da
Petrobrás e dirigente do Sindipetro AL/SE, Dalton Francisco dos Santos.
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